quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

E depois querem que eu seja normal e calminha... Ya..

Estive a limpar a maior parte do dia.
Dei uma limpeza a fundo á casa toda enquanto o meu Pai dormiu, comeu e passou o dia no facebook.
Há coisa de 15 minutos ele foi ao lixo e quando voltou veio com sacos de compras.. Achei estranho e olhei para os sacos com curiosidade.
O meu Pai de imediato veio com os repentes dele:
"Que foi???"
Virei costas e saí sem lhe dar sequer abébias para dicussões.
Estou sem pachorra.
..................
CLARO QUE ERA VINHO!!!

FODA-SE!

sábado, 19 de dezembro de 2015

Dark days bring darker nights.

Odeio o Natal.. Odeio épocas festivas e almoços de família..
O meu Pai aproveita sempre para se embebedar e a minha família faz-me sentir sozinha e invisível.
Estou sempre desconfortável, põem-me sempre no meu lugar, relembram-me sempre que não pertenço aqui, que não sou dona de nada inclusivamente de mim ou do meu destino.

"Tudo o que tu és a mim o deves!!"
"Não mereces a comida que comes, sacana de merda! Não és nada!"
"Nem o teu peso em ouro pagavam tudo o que me fizeste passar!"
"Não vales nada!! És má! Tens mau fundo!"


Sonho com um mundo utópico onde eu seria estável.
Onde a minha mente não me atraiçoasse.. Onde não fosse difícil ser invisível para a minha família, sonho com um mundo onde as pessoas me tratariam bem.. Como se a minha família não existisse ou eu fosse outra pessoa qualquer.. Uma pessoa menos anormal e estúpida. Lol...
Era mesmo, mesmo bom.

Ás vezes é muito difícil não cair em velhas rotinas tóxicas e pensamentos que me atraiçoam.
Estou tão cansada.. Simplesmente tão cansada.. Só queria dormir sem ter dificuldade a adormecer, sem acordar 50 vezes por noite e sem ter pesadelos... Só assim umas horinhas sem este inferno permanente.. Um sono sem sonhos talvez, para recobrar forças para conseguir tolerar esta vida de que sou prisioneira.

Queria tanto um bocado de paz.. Já chega a tristeza e esta dor estúpida o dia todo.. Ao menos podiam deixar-me descansar e dormir um bocado..
Sinto-me a endoidecer!

Mas..
Não consigo fazer isto.
Não consigo parar os pesadelos e as insónias.
Não consigo curar esta merda de depressão.
Não consigo fazer com que o meu Pai pare de beber.
Não consigo fazer com que a minha família me ame.
Não consigo parar de chorar.
Não consigo ser estável.
Não consigo ser feliz e equilibrada.
Não consigo ser normal.
Não consigo ter paz.

Passei o dia todo a lutar contra os meus pensamentos e a tentar não me cortar..
Do mais anormal que há.. Tenho medo de mim mesma..
Tenho medo de magoar o meu Avô se ceder a esta estupidez toda, a este fel que me consome.. Que me faz ter vontade de me magoar. Que me faz ter medo de sair da cama ou estar perto de objectos cortantes.
Pessoas normais não têm estes problemas... Obviamente não sou boazinha da cabeça.
Mais vale aceitar que não há como consertar algo que nasceu comigo.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Who is it?

Hoje eu sinto, daí não minto.
Hoje eu escolho ficar melhor.

Mudar estas noites em que quero gritar:
"O meu cérebro é o responsável, desliguem-no!!
Desliguem-no!! Quero dormir!! "


I can see the night beginning..
And it changes me..
Imoral creature with a grinn.
Oh, can't you see?

If only my eyes where on you, oh tonight..
If only my eyes where here, oh tonight!

Barely couscious you'll say: oh no!
Never gonna make it never gonna go insane!
I'm becoming insane, insane..

If only my eyes were here oh tonight, oh tonight!
Oh no...

Red Ridding hood!
Red ridding hood I am!
If only my eyes were here, oh tonight! oh Tonight!
Insane insane!
Never gonna go, insane insane!
Never gonna make it!


terça-feira, 10 de março de 2015

Será que me deixei ir pela escuridão? Who the fuck cares.

"... Nelson Évora, depois de 6 anos sem competir, devido a lesões e várias cirurgias, voltou ás competições e sagrou-se campeão europeu..." (TV)

-Olha, depois de ser operado, voltou e passou a ser o melhor da Europa. (Eu)
Why the fuck did my mask say that??

- Essas pessoas é que têm valor! Lutam! (Avó)

why the fuck would I fight.. There's nothing to fight for.

domingo, 8 de março de 2015

Jokes are the main plate today.

O meu Pai perguntou-me se eu estava bem,
LOL

27 anos depois ele lembra-se.

Não respondi.

Nada me importa.
Por isso escrevo aqui.

Se eu estou bem?
Acho que sim, continuo a lutar contra a minha mente.
Tudo o que eu consigo pensar é em cortar os pulsos.
Ainda aqui estou por isso pode dizer-se que "estou bem".

O mais engraçado é que eu penso: mas porquê lutar contra isto?
E depois penso: Oh, aborrece-me. Ia doer.
Meh

This is not living.

Escondi-me do meu Pai..

Estava prestes a sair da w.c. e ele tinha acabado de entrar.
Não saí.
Ouvi-o a respirar e esperei que ele saísse.
Ás tantas não conseguia perceber se ele ainda estava lá ou se eu ouvia a respiração pesada dele na minha cabeça.
Saí e ele já lá não estava.

E é só isto.

É isto a minha vida agora, domingos com "almoços de familia" em que o meu pai bebe quase uma garrafa de vinho sozinho, fica logo obviamente ébrio e eu escondo-me para não ter de o encarar.

Pergunto-me se esta será a coisa mais estranha que eu faço..

Não.. Provavelmente ir procurar uma lamina a seguir deve ser mais estranho que não querer encarar o meu pai.. Mas não é menos banal.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

As coisas são o que são.

Foi-me diagnosticada depressão aos 16 anos.
A minha Avó notou que eu estava "sossegada demais" e levou-me ao médico.
Comecei a ser medicada.
Aos 17 tentei suicidar-me, algumas das circunstâncias que me levaram a isso já foram aqui escritas por isso não me vou alongar com motivos.

Neste momento não estou a ser medicada e cada dia é uma vitória.
Penso constantemente em suicidio e sinto-me como na primeira vez em que o tentei: que a minha vida não faz sentido e ás vezes nem mesmo o facto de saber que tenho amigos que iriam sentir saudades minhas me faz não chorar (onde quer que eu esteja, inclusivamente no meio da rua).

Magoo-me com facilidade e sou demasiado intensa nas minhas relações.
Dou sempre tudo o que tenho e, se sinto que isso não é suficente para as pessoas vou-me abaixo.

Lidar com isto não é fácil.
Este blog é a minha catarse.
Bastantes pessoas sabem da sua existência.
Poucas pessoas se dão ao trabalho de compreender que eu o tenho para me exprimir e continuam á espera que eu lhes tente telefonar pela milésima vez, embora não se dêm ao trabalho de o fazer.

A todas as pessoas que vem aqui para espreitar a minha mente:
Muito obrigada.
Não estou bem.
Mas hei-de ficar.

Adoro-vos a todos!
Estou numa fase negra, mas com o tempo tudo passa.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sem mácula... Sem desesperos.

Hoje notei uma diferença em mim.
Após meses (vá pronto.. Desde sempre que sou assim..) a deprimir e a chorar, hoje aconteceu-me uma coisa má e eu não chorei, não deprimi, não fiquei tão insanamente ultrajada que vomitei ou perguntei-me se serei eu o problema ou fiquei a matutar até ter ataques de pânico.

Passo a explicar, tive alguns problemas com os meus colegas de casa, dois deles para ser mais precisa.
Mas as coisas que eles me disseram foram não só bastante ofensivas e magoaram-me bastante como não poderiam vir em pior altura.

Embora eu ache sempre que estou no fundo do poço, ou que raramente saio de lá.. Acho de facto que cheguei a um ponto da minha vida completamente ridículo.

O meu Pai continua um alcoolico em "denial" que agora nem fala com a única pessoa que era capaz de ir ao fim do mundo por ele.
Sim, o meu Pai continua sem falar com a minha Avó..

E eu em parte compreendo a cena dele, porque a minha Avó dá sempre onde dói mais, e destrói-nos a auto-estima e mata-nos um bocadinho por dentro sempre que está para aí virada.
Mas uma coisa é ela dizer-me que eu não valho nada para descarregar para cima de mim pelo facto de o meu Pai ser alcoólico, outra coisa é tentar que o meu Pai não beba por ele ser exactamente issso.

Pensando melhor, acho que nunca saberei se eles têm uma relação "simbiótica", ou se o facto de ele ser alcoolico não será também em parte culpa dela.
Mas isso não desculpa o comportamento cobarde e completamente chupista dele.
Se acha que ela o trata mal que se mude!
Foi o que eu fiz.

Eu ia dizer: ELE NÃO PODE, mas ele pode.. Tanto pode que é o que está a fazer.. Está a matá-la aos bocados.
O meu Pai está a partir o coração da minha mãe de criação. E não há nada que eu possa fazer para mudar isso.

O meu Avô está com problemas cardiacos pelos vistos, como sempre ninguém me diz nem explica nada em condições mesmo eu perguntando. Não devo ser de confiança para eles, ou não deve valer a pena falar comigo.
Serei para sempre invisível nesta família.

Trabalho 6 dias por semana num restaurante e, embora seja "gratificante" estar num sitio onde não me tratam mal e ou onde não tenho de vender a alma ao diabo para ganhar uns trocos (leia-se fazer vendas ou enganar velhinhos com truques de marketing para fazerem créditos no banco)... Ganhar 350 euros por mês de gratificante não tem nada e tem-me feito passar fome.

Se eu podia pedir dinheiro ao paizinho? Claro que podia!
Mas sou demasiado orgulhosa para isso.
E apesar de ter perdido peso continuo gordinha.
Possivelmente um bocado anémica.. Mas com curvas na mesma.. So I guess it's cool, it's under control for now.

No campo amoroso já se sabe que sou uma nódoa.. Os daddy issues lixam-me sempre. 
Ya, eu sou dessas...
Palavras bonitas de gajos inteligentes deixam-me doida e acho sempre que vou ser feliz para sempre porque a puta que me apareceu à frente assim mo diz.
Nunca mo prova, fica-se pelas palavras bonitas. 
Por vezes querem-me para me vergarem ou pela emoção de me verem com medo de me entregar ao que sinto. Outras vezes querem-me como namorada troféu. Mas eu não sou barbie nem bimba o suficiente para ir nessas modas e há sempre chatices quando me apercebo que na realidade não gostam sequer de mim ou querem sequer saber de como sou ou estou.
Mas acho que começo a ver o padrão, e acho que é altura de quebrá-lo.
Não posso continuar a suspirar pelos cantos por idiotas que me lembram o meu Pai e me tratam tal como ele: como se eu não valesse nada.

Maybe these are mommy issues aswell..?

Relativamente aos meus colegas de casa... Que eu pensava serem também amigos..
A única coisa que consigo dizer de momento foi que as coisas que eles me disseram e a forma como eles dizem ver-me chocou-me completamente. Especialmente porque por muitas falhas que eu tenha não sou de todo má pessoa ou má amiga.
Peco pela intensidade das minhas emoções e expectativas, pela agressividade das minhas palavras (my mommy taught me the bitch way, and that's the way to go!), mas sempre fui humilde o suficiente para pedir desculpa e tentar emendar-me se acho que errei.
As coisas que eles disseram de mim foram tão sem nexo e descabidas que a única coisa que me passou pela cabeça foi: " Se é isto que estes supostos amigos pensam de mim, não vale a pena refutá-los."
O meu outro colega de casa esteve presente na conversa e no final veio ter comigo, abraçou-me e começou a chorar.
Ficou com "pena" de mim pela forma como as pessoas me tratam.
Ele sempre me avisou que isto de confiar nas pessoas ou ser "boazinha" demais não era bom e fazia com que as pessoas abusassem de mim.
Tinha razão. Tal como toda a gente que me tem dito o mesmo durante todos estes anos.
Mas tudo isso vai mudar, a lição foi aprendida, não preciso de mais tombos ou avisos.

Não, não planeio tornar-me uma bad girl.
Lutei demasiado tempo para me libertar de máscaras. Seria estúpido, errado e francamente não sei se conseguiria voltar a usar uma.
Mas vou tentar ser mais cautelosa.
De boas intenções está o inferno cheio.
Entrei nesta vida sozinha e dela sozinha vou sair.
Mas uma coisa é certa: Não fujo mais!

Os novos inícios vão acontecer como e quando eu quiser.
Não quando uma crise me levar de novo para o poço e apareça um remendo milagroso para os meus males.
A vida faz acontecer!
Creio nisso com rendição.
Não vou ficar de braços cruzados. Mas também não torno a fugir!

A partir de agora vou andar de cabeça erguida na rua porque sou, por fim livre.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

It's been a hard day's night..

Tenho andado adoentada, cansada e em baixo (e também tenho fugido um bocado para não ter de encarar este problema de novo.), e por isso não tenho ido visitar os meus Pais.

Hoje o meu Pai fez chantagem emocional comigo.

Mas antes disso perguntou-me se eu precisava de dinheiro..
Senti-me com vontade de lhe dizer que prefiro passar fome a pedir-lhe dinheiro...

A minha Avó está a morrer por dentro, eu sei, consigo senti-lo..
Ele não pode fazer isto foda-se!
Não se parte o coração a uma senhora de 80 anos!

Mesmo que essa senhora seja a cabrona da minha Avó (sim, ela é cabrona, e gosta de o ser. E eu gabo-lhe o gosto porque foi com ela que aprendi a ser assim também.)
Entretanto o meu Avô está com problemas de coração, (irónico, eu sei..) e oiço-o dizer pela primeira vez na minha vida que esteve mal e de facto achou que ia morrer.

Está tudo a cair aos pedaços e eu não posso fazer nada senão fugir para casa e viver a minha vidinha de trabalho-casa, casa-trabalho até eu própria desmoronar de novo.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Cartas de desamor.

Ele prometeu-me o mundo...

Dizia que me queria desde a primeira vez que me tinha visto.

Dizia que me queria levar daqui para uma vida melhor, que queria acordar todos os dias a meu lado.

Namorou dois dias comigo, após 3 meses de interferências externas e atitudes de merda e pôs-me de parte num dia em que dizia que ia estar comigo.

Convidou-me para sair no dia a seguir e, depois ignorou-me e fez-me ir para casa sozinha à chuva.

Bem, se é para ficar sozinha..
Pelo menos fico bem acompanhada!

Bite me motherfuckers!

Estou farta de vocês todos!

I'm sooo NOT going to cry anymore.
Enough is enough.

domingo, 25 de janeiro de 2015

A vida faz acontecer!

Hoje tive uma "epifania".
Lembrei-me que sempre fico desempregada e estou em apuros, de repente aparece-me um trabalhinho do nada e lá começo eu a labuta.
A vida faz acontecer quando eu preciso.
E depois pensei... E porque raio não me acontece isso no campo amoroso?
Pois... Se calhar acontece.
Lembro-me aqui há tempos quando tive um massive crush por um rapazito que eventualmente me fez uma massagem mas depois ficou chateado comigo quando falamos e eu fiz questão de dizer que não era uma qualquer e que não gostava de coisas sem compromissos (vulgo "dating but seeing other people" pelo que ele me explicou..) E mesmo depois de ele se ter chateado e eu me ter chateado, e termos voltado a falar mas nunca em termos amorosos porque, convenhamos.. O rapaz dizia que tinha necessidade de se exprimir sexualmente mas era só isso que queria de mim...
Assim do nada aparece-me na noite de halloween um homem (as opposed to the little boy I was crushing on), que do nada diz querer conquistar-me de corpo e alma (convenhamos, já o conhecia, mas a nossa história começou aí.).
Tentei levar as coisas com calma, mas ele era muito rápido no gatilho para mim e assustava-me imenso.
Eram mensagens no facebook com ramos de flores todos os dias, nos primeiros dias houve até telefonemas com montanhas de elogios.
Começamos a "sair", mas eu não só tinha pouco tempo por causa do trabalho como também fui sempre honesta e disse-lhe que sentia coisas por outra pessoa.
Ele não se pronunciou. Eu disse-lhe isso por mensagem e ele não me respondeu.
No dia em que dormimos juntos pela primeira vez eu senti-me extremamente vulnerável, não dormiria com ele se não estivesse interessada, e tinha tentado levar as coisas com calma mas já não estava com ninguém há muito tempo e tinha medo, muito medo de ser magoada. Senti-me vulnerável e só me passavam coisas estúpidas pela cabeça.
"É só para isso que serves!"
"É só para isso que te querem!"
"Nunca hás-de ser nada!" 
"Não vales NADA!"
Chorei uma torrente de mágoas, estava diante de alguém que dizia gostar de mim.
Mas nem a minha família me ama!
 Eu sabia que ia correr mal.
 Eu sabia que nunca passaria do "gostar", o que é gostar afinal? Sentir-se afinidade por alguém?

No dia seguinte ele saiu de minha casa cedinho e não deu noticias nos próximos dias..
Senti-me como a pior merda de sempre, como se a minha vida fosse um loop infindável de casos amorosos falhados.
"É só para isso que serves." dizia-me ela.
"E nem nisso deves ser boa porque nem para isso te querem!"

"You will never find love. You know you are doomed."
Fui sair com uns amigos porque estava muito em baixo e encontrei um amigo. Amigo esse que me disse:
_" Ui esse? Nem te metas nisso, é só filmes!! É uma por semana, deve ter estado com umas vinte miúdas desde que abriu o bar!"

O caso piorou consideravelmente... Passei o resto da noite a chorar, e enquanto os meus amigos me abraçavam e diziam o quanto gostavam de mim eu "arrebitei" um bocado. Decidimos ir a um bar todo catita.
Quando chegamos vi que o cavalheiro com quem eu tinha dormido estava a fazer DJing... Ele vem na minha direcção e eu mostro-lhe o dedo. Já lhe tinha mandado uma sms a dizer que não o queria voltar a ver, mas ele podia não a ter visto e se ele se aproximasse mais eu ia chorar (ainda mais...).
Felizmente deu resultado, ele virou costas.

O tempo passou mas eu não me sentia melhor.

O Natal foi uma merda, eu já devia saber que não devia esperar sentir-me bem com a minha família..
Mas para começar bem, quando ia para casa dos meus Pais no Natal vi-o, e depois ele apanhou o mesmo comboio que eu!
Foi terrível tentar não chorar no comboio.
Sentia-lhe tanta raiva!
E, ele olhou para mim!
Eu pensei de imediato: "ainda goza comigo... Que bom!"

O Natal com a minha família deixou-me totalmente em baixo.
O meu Pai bebeu demais, a minha avó descarregou para cima de mim e eu senti-me completamente vazia.

Voltei para casa e fechei-me no meu quarto a chorar por dias a fio.
"Se tu fosses normal, nada disto acontecia. A tua família amar-te-ia e serias completa.""Sacana de merda, não mereces a comida que comes! Não vales nada!"

E eu senti-me outra vez como se estivesse no liceu. Mas desta vez a diferença não era a cor de pele, a diferença era que, a bem ou a mal toda a gente tinha uma família que os amasse e apoiasse, e eu continuava a sentir-me como se fosse simplesmente o saco de pancada que é invisível quando não é necessário.
Nada fazia sentido.

Quando voltei a sentir-me melhor comecei a fazer perguntas... "Porquê? Mas porquê?? Porquê sempre comigo?? Porquê eu?? Porquê sempre comigo??"
Não, não falo da minha família. Isso é outro capitulo da minha história que eu nunca vou encerrar.
Esta história não é sobre a minha família, por isso vou focar-me no principal.
Mandei mensagem ao cavalheiro, perguntei se ia estar por cá. Disse-me que essa semana não estaria.
Uma noite fui sair e encontrei umas amigas, perguntei-lhes se o tinham visto, disseram que sim. Fui ao bar dele e lá estava ele.
Disse-me que tinha acabado de chegar (o que não desculpa ter-me mentido.)
Combinamos que ele depois dizia alguma coisa, disse-me mais tarde e veio ter comigo a minha casa.
Abraçou-me. Só me apetecia chorar. Nem sabia o que dizer. Mas tinha tanto tanto para dizer!
Os beijos dele tomaram conta de mim e, embora disse-se não, dormi com ele. Pensei que poderíamos falar de manhã mas mal acordou foi-se embora outra vez.
Desta vez foram 2 semanas sem falar. Até que eu fui ao bar dele e ele disse-me que tinha acabado de chegar. Passei lá mais tarde e fiquei à espera, estava lá a amiguinha que lhe faz olhinhos a noite toda.
Foi-se embora com ela.

Uma noite ia para casa e encontrei um conhecido, convidou-me a beber um copo e fomos, a meio da conversa falamos de bad boys e eu ri-me (para não chorar), falamos então no "meu" bad boy.. O rapaz contou-me que as miúdas vinham dizer-lhe que o bad boy lhes prometia o mundo só para lhes saltar á cueca. E disse também que ele andava a saltar á espinha dessa amiguinha que lhe fazia olhinhos há meses. Senti-me tão mal que me fui embora logo a seguir.
Estava a chover e as ruas estavam desertas. Quando cheguei a casa estavam todos a dormir.
Ninguém me viu a chorar.
Comecei a sentir-lhe raiva.
Comecei a sentir vergonha e raiva de mim própria.

Aqui há tempos as minhas mamas começaram a inchar do nada. Uma noite senti-me enjoada e vomitei.
Fui para a cama e pensei no que poderia ser.
Quando me veio à cabeça gravidez, senti um nojo imenso de mim mesma.
Sentei-me e rezei.
Se estiver grávida a minha vida acabou.
Se é que alguma vez tive uma.
Fui falar com ele, ele riu-se da ideia e beijou-me.
Fiquei a pensar naquele beijo o resto da noite e parti um copo por estar tão distraída.
Estava no meu "intervalo" mas mal saí entraram clientes e fui repreendida por ter saído. Prometi que não o fazia, mas o resto da semana eu só pensava que queria voltar a escapar-me para estar com ele.

Não voltei a sentir-me enjoada ou a vomitar, mas as minhas mamas continuam inchadas e sensíveis.
Tenho medo.
Tenho muito medo.
Estive a falar com umas amigas, e "a sábia" que eu adoro ouvir falar, disse-me que lhe dava a impressão que o que se passava entre nós era mais "interferências" dos outros do que propriamente eu a agir sozinha ou a tirar as minhas próprias conclusões.
Mas a realidade é que me magoaste, interferências e opiniões dos outros aparte.
Magoaste-me muito! Muito mesmo!
A minha família magoa-me constantemente. E, eu não preciso de alguém que me faça o mesmo!
O que queres de mim afinal?

Ele disse-me a semana passada que podemos falar na próxima semana.
Mas vamos ver se se lembra.
Infelizmente quase aposto que se vai "esquecer" e ignorar-me outra vez até poder dormir comigo outra vez.

"É só para isso que serves!"
"Não vales nada, sacana de merda!"


And she will bleed...

A vida fez acontecer.
Deixei de me sentir atraída por um rapazeco um ano mais novo que eu, para sentir sentimentos estúpidos e profundos por um homem 9 anos mais velho que eu, com reputação de puta que passa a vida a ignorar-me e a pôr-me de parte mas diz que "gosta de mim".

will I ever learn?


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Outra vez arroz???

Não percebo..
Honestamente não percebo.
É suposto eu ser uma pessoa inteligente..
No entanto envolvi-me com um playerzeco de meia tigela.
Pior ainda, dei-lhe uma segunda oportunidade depois de ele me ter ignorado basicamente por mes e meio.
Ainda pior!! Dei-lhe uma terceira oportunidade depois de ele me ter feito o mesmo e me ter ignorado por 2 semanas.
E depois ainda fui falar com ele. E ele virou-me costas a meio da conversa e foi á vida dele... Porque tinha boleia de uma "amiga"...

WTF is wrong with me?
I fucking hate feelings.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Palavras.. Leva-as o vento!

Dizem-me muitas vezes que ''gostam'' muito de mim.
Não me digam isso por favor!
Não me digam que somos amigos se a minha opinião e amizade não contam!
Não me digam que gostam de mim se me vão ignorar quando vos apetece.
Palavras são só isso, palavras.
Mas eu prefiro que não as digam se não as sentem ou se não sabem o que isso significa.
Amizade para mim é um tipo de amor, e eu amo os os meus amigos, tal como amo a minha familia.
Se é para sermos conhecidos não me digam que somos amigos, é um desperdício da minha amizade e do meu tempo e faz-me sofrer.
Estou cansada de fingir que sou "normal", que não tenho picos de depressão em que penso em suicidar-me e choro incontrolávelmente.
Não peço que me ajudem ou que fiquem comigo nesses momentos.
Graças a Deus tenho Amigos de verdade, que estão comigo (há anos até!!) e realmente gostam de mim apesar disso.
Não sou um perigo para as outras pessoas, mas se me acham um perigo ou se se sentem ameaçados pela minha doença, por favor não voltem a falar comigo, nem se dêm ao trabalho de me olharem de lado por me acharem "estranha".
Isto já dura há tempo demais.
Está aqui a verdade toda para toda a gente ver.
Da minha parte não esperem mais máscaras.
Isso é para "pessoas normais".
Eu ando ás claras e não minto sobre aquilo que sou.