segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Carta á menina que vive dentro de mim.

Não te prometo que consigas mudar as minhas lágrimas nocturnas.
Não te prometo que me cures a insónia ou as paranóias.

Mas prometo-te que vou tentar, mesmo.
Que vou tomar banho sempre que me sinta suja por dentro.
Até que a àgua lave este medo todo.
Prometo-te que vou ao médico mas não prometo deixar de fumar.

Acalma-me, torna-me mais eu.. Mais tu.

Prometo-te ser adulta e pensar melhor antes de reagir.

Prometo-te o mundo, o céu e a lua.

Mas não prometo deixar de ser sensivel.

Sabes que não somos assim, tu e eu.

A nossa sensibilidade vai mais além. E há-de sempre ir.

A propósito, prometo dar mais atenção ao animal que há em nós.

Sim, ao animal, ao meu eu interior que rosna quando soa o alarme.

Prometo dar-lhe bifes e presunto.

Prometo tratá-la bem e abraçá-la.

Ela reconhece antes de conhecer.

Gosto disso nela.

Prometo tratar-te melhor.

Tu mereces vá.

Anda menina ergue a cabeça.

Enche o peito, fuma um cigarro.

Prometo-te a lua!

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