Tira-se a alguém a liberdade e essa pessoa ainda pode sonhar.
Tira-se a essa pessoa os sonhos e essa pessoa fica sem nada…
Às vezes as pessoas chegam a determinada altura e descobrem que aquilo que os fazia sentir vivos lhes foi retirado… Dá-se então uma morte interior que começa por um tomar conta pouco a pouco pela amargura…
Vê-se muito disso em Portugal (e na Europa moderna com esta crise que se espalha como um reumatismo silencioso), jovens de 11 anos grávidas porque num momento de desespero tentaram sentir alguma coisa que não fosse o desespero quase comum a todos nestes tempos de pobreza de espírito (e de carteiras também)..
Jovens que se entregam num frenesim esperando assim que as suas vidas mudem para depois passarem a vida a cuspir fel á criança fazendo-a sentir-se culpada por simplesmente existir e, é claro.. Pela morte interior dos pais.
Isto cria um ciclo.
Chamemos-lhe o ciclo da dor… Porque a criança vai precisar de muitos estímulos exteriores e força de vontade para quebrar o ciclo. Normalmente os bairros sociais estão cheios de pessoas e ciclos.
Não estou a estereótipar! Morei num bairro social e falo do que vi..
Tira-se a essa pessoa os sonhos e essa pessoa fica sem nada…
Às vezes as pessoas chegam a determinada altura e descobrem que aquilo que os fazia sentir vivos lhes foi retirado… Dá-se então uma morte interior que começa por um tomar conta pouco a pouco pela amargura…
Vê-se muito disso em Portugal (e na Europa moderna com esta crise que se espalha como um reumatismo silencioso), jovens de 11 anos grávidas porque num momento de desespero tentaram sentir alguma coisa que não fosse o desespero quase comum a todos nestes tempos de pobreza de espírito (e de carteiras também)..
Jovens que se entregam num frenesim esperando assim que as suas vidas mudem para depois passarem a vida a cuspir fel á criança fazendo-a sentir-se culpada por simplesmente existir e, é claro.. Pela morte interior dos pais.
Isto cria um ciclo.
Chamemos-lhe o ciclo da dor… Porque a criança vai precisar de muitos estímulos exteriores e força de vontade para quebrar o ciclo. Normalmente os bairros sociais estão cheios de pessoas e ciclos.
Não estou a estereótipar! Morei num bairro social e falo do que vi..
A sociedade evoluiu bastante ao longo dos anos mas ainda continua um lugar bastante impetuoso para as almas mais frágeis. Nem toda a gente tem a capacidade mental para ultrapassar certas barreiras e agressões mentais vindas da sociedade. Muitos cedem às pressões colocadas seja pelos pais, amigos, vizinhos, colegas, etc. Quando alguém faz alguma coisa muito estúpida (como o exemplo que deste) as pessoas criticam a capacidade intelectual ou os valores morais da pessoa em causa. A verdade é que em grande parte dos casos a pessoa simplesmente não sabia melhor, porque nunca lhe foi ensinado e não teve a capacidade de aprender por si própria. Isto como é óbvio não justifica certos actos mas é, a meu ver, a raiz do problema.
ResponderEliminarHá momentos em que nos sentimos mais sozinhos (e nem sempre é por não ter pessoas à nossa volta), mais frágeis, sem vontade de lutar, nesses momentos é preciso respirar fundo e ir procurar por forças onde não sabíamos que existiam. Eu sempre fui muito lobo solitário por simplesmente não me identificar com a sociedade no geral, portanto sei do que falo. Não pode chover sempre, eventualmente o sol brilhará.
"The individual has always had to struggle to keep from being overwhelmed by the tribe. If you try it, you will be lonely often, and sometimes frightened. But no price is too high to pay for the privilege of owning yourself." - Nietzsche
Sim, mais uma vez tens razão em tudo o que dizes. De facto, coincidentemente ainda hoje no meu local de trabalho tive uma conversa sobre algo relacionado com este assunto, o facto de estarmos condicionados a uma sociedade e de termos uma imagem a manter... E para dizer a verdade o que eu penso resumia-se a alguns ditados populares:
ResponderEliminarPonto 1. "Quem conta um conto acrescenta sempre um ponto" por isso não se deve compactuar com historietas ou alimentar vampiros emocionais que vivem para isso (because let's face it some people just want to see the world burn..)
Ponto 2. "Eu não engravido pelas orelhas", por isso tento sempre cortar nos gossips e nos(as) gossipeiros..
Ponto 3. "Só cá não está quem não faz falta", e se alguém realmente é nosso amigo dá-se ao trabalho de saber a verdade ou de pelo menos saber a versão do outro antes de abandonar o barco.
Ao logo do tempo acabei por me tornar cada vez mais solitária também, tal como tu penso eu foi por não me identificar com o meio em que estava, eventualmente fui encontrando pessoas em quem confiar e amizades foram feitas (but off course that in the end we are truly all alone and by ourselves because life is a path that can only be walked by it's owner).
Nunca me aconteceu ficar grávida ou ter uma situação semelhante à que menciono no post mas vi muitas e esta é a análise que faço delas, vivemos numa sociedade cinica com regras absurdas e para sermos felizes temos de ignorar muitas delas..